Parentes queridos parentes

O que são parentes? Como surgem? São importantes? O que nos acrescentam? É sobre essas questões que me proponho a pensar e falar mais do que qualquer coisa. Não que outras coisas não sejam importantes.
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19 de nov. de 2011

São tantas emoções... Parte 2

Um ano se passou desde o último encontro entre primos e parentes como um todo. Na verdade, para ser preciso, 13 meses. Como sempre foi um encontro muito gostoso. As pessoas não mudaram tanto dessa vez; eis uma qualidade dos encontros amiúde: paramos um pouco no tempo. Estátua! Mandrake! É coisa boa de se verificar.

Dessa vez aconteceram coisas muito curiosas que merecem registro, não tenho dúvida. Mais uma vez fiquei na fazendo Stº Expedito, criada, montada por nosso avó Benedito. Hoje pertence ao nosso tio Wolney (que já se foi) e família que fizeram e fazem das tripas coração para mantê-la em sua beleza e classe. Não é fácil custear uma fazenda. Quem tem um mínimo de discernimento sabe disso e nem precisa ser fazendeiro.

Volto já para a Fazendo pois há algo a ser relatado de lá. Antes quero mencionar o que vi acontecer no encontro dia 13 de Novembro.

Tinha menos parentes dessa vez. Ouvi alguém dizer que foram 51, mas não tenho certeza. Mais do que o numero de comparecimento gostaria de mencionar que dessa vez eu estava mais tranquila e receptiva para ouvir e sentir a parentada. Tenho esse velho hábito: vou registrando instantâneos e mais tarde, vêm tudo como se tivesse um laboratorio de revelação na cabeça. E assim foi: Vi que Paulo Marcos esta sarado de sua cirurgia; vi que cada vez mais confundo o Luiz Fernando com Paulo Marcos; que o Newton está cada vez mais sensível ao se deparar com os parentes e os recebe a todos com gentilezas, vi que a Eliane sabe fazer bebê dormir no meio do caos; vi que a Wilma e a Marilda estavam felizes e mais leves; que a Renata pintou o cabelo e que esta efusiva como sempre, graças à Deus, e que seu filhinho que até outro dia era um bebê esta do tamanho dela; que a Fernanda continua doce e gentil querendo bater papo como sempre e com a disponibilidade para ouvir de sempre; que a Flavia voltou a ter cabelo liso e que esta com um tom de voz mais firme do que nunca- há algo de engrandecido nela-, que minha tia Wayne (que adoro) continua alegre, engraçada e bonita como sempre; que meu único tio atualmente, o tio Ademar estava lá para me dar um dos abraços mais apertados e gostosos que senti nos meus últimos anos; que meus queridos primos bahianos continuam iguais, ou seja, o Klecius continua com sua voz baixa e seus olhos doces de carneirinho transbordando carinho, que sua filhas Karla e Karina estão cada vez mais lindas (como pode?) que o Rodrigo está um paizão preocupado com a estomatite da Maria Luiza (crianças não deveriam ficar doentes) que o Henrique, filhinho da Karla, estava triste pois ninguém conseguiu um cavalo para ele e que aquelas lágrimas escorrendo mansinhas pelo seu rosto me doeu o coração; que a Nice, essa doce aquisição de tantos anos atrás está querida, meiga e gentil como sempre. Disposta e disponivel. Que a Juliana e seu filho lindo, o  Leonardo foram também e que levaram a Victória linda com seu 1m80cm de altura, filha do Guto, que também foi entrando em contato com tantos primos e afins. Acho que ficou perplexa! Que os gêmeos do Wander e da Valéria estão lindos e normais (o tombo do Pedro e a corrida da Val parecia cena de filme vivida tantas vezes em encontros passados), que o Wander foi se encontrar com a familia do Dema e que seus escritos estão guardados, confusos mas guardados, ou seja, ainda há esperança de lermos o livro da avó Balbina. Grande idéia essa do Wander de ir até a fazenda Bateia (ou será que entendi errado). Que meus primos da banda Brandão também foram: Gina, marido e filho, Waltinho que chegou por último mas chegou, Paula que nunca foi mas apareceu acrescentando parentesco a nós outros. E se esqueci de apontar algum primo me avisem.

Isso tudo sem contar meus irmãos amados, seus esposos e esposa, além de seus filhos queridos, meus sobrinhos, meus afilhados (Aline e Paulo que conseguiram passar pelo teste de um mês de casados hehe), minha Sophia-serelepe, inquieta, alegre e feliz não por que havia um motivo específico mas porque a felicidade existe, ora bolas!A Teresa que passou pela primeira vez pelo test drive da Serra da Mantiqueira e estava enjoadinha sem saber o que sentia no alto dos seus 7 meses (e com razão). E por aí vai...

Foi muito bom.

Mas sem dúvida nenhuma para mim um dos momentos mais gloriosos que vivi foi na Fazenda, lá na sede, enquanto conversava com o Guto que nos contava seu ritual de chegada na roça e que abrindo um armário fez sair de lá todo o passado delicioso que ali vivemos: Musica! Uma infinidade de músicas que foram chegando e com elas seus "donos". Sentados no chão e embevecidos com os Lps vimos chegar o tio Libaldo, tio Wolney, tia Wilka, tia Waldyra, tia Waldeneuza, tio Wilton, tio Figango, tia Waleska, o vovô e nossa avó e nós mesmos, além de todo o nosso passado de bailes, danceterias, carnavais etc e tal. Foi emocionante ouvir algumas das musicas que nos embalaram mesmo quando as achavamos antigas na época, lembram-se? Billy Vaughan, Ray Conniff, as Inesqueciveis Musicas para Dançar e Sonhar entre outras. E a coletânea do Ta Matete? do Roberto Carlos? E as trilhas sonoras das novelas - esquecidas ou não -. Gente, e os rouqueiros da época marcaram presença desde Genesis, Led Zeppelin, Emerson, Pink Floyd, Dire Straits, Supertramp, que me dizem? e os cantores franceses de tanto sucesso como Dalida, Charles Aznavour? Meus Deus foi fascinante! A Fazenda readiquiriu naquela noite seu brilho, sua alegria, seu agito, trazendo saudade, nostalgia e felicidade.

Rimos muito com o passado presente. Será inesquecivel! Ah como foi bom!

Segue duas das músicas tocadas as duas primeiras, ok?
A primeira Demis Roussos - Forver and ever versão 1973


A 2ª Dalida - La vie um rose

13 de out. de 2010

Fui e voltei

Fui para o Encontro familiar e voltei feliz, leve e solta com a energia revigorada de quem sabe o que significa os passos daquela estrada.
Tenho muita coisa para contar e finalmente renovar os estoques de fotos que sem dúvida alguma não "brigará" com a delicia que a Flavinha faz.
Quero contar sobre meu encontro com The Phanton (O fantasma), Capeto (o lobo companheiro) e Herói (seu cavalo branco) que também encontrei por lá.
Para quem não se lembra dessa figura heróica aqui vai um pequeno resumo para ativar os neurônios.

Fantasma - Seu nome de batismo, Kit Walker, o vingador das selvas é mais conhecido como Fantasma, o Espírito-que-anda, o homem que nunca morre. Kit é o 21º da linhagem a vestir o misterioso uniforme do Fantasma. Para os bons e inocentes habitantes da floresta, sempre existiu apenas um único Fantasma, e o segredo de sua sucessão é guardado a sete chaves pelos pigmeus de Bandar. 500 anos antes, o primeiro ancestral dos Walker jurou, sobre o crânio de seu pai assassinado por piratas (O Juramento da Caveira), combater a ganância e a injustiça com todas as suas forças. Hoje o Fantasma usa o Anel da Caveira, como um símbolo de sua luta para punir os malfeitores, e deixa sua marca indelével em seus rostos. Sua base de operações é a Caverna da Caveira no interior da floresta de  Bengalla. Sua luta contra o mal, o levou a rodar o mundo, a lenda e o mistério ao redor de sua imagem cresceu e continua crescendo a cada dia. Quando as pessoas falam do Fantasma, comentam de suas magníficas escapadas e de suas aventuras de arrepiar. 

Mais detalhes em:
http://www.bricabrac.com.br/fantasma_historia.htm

E para quem não sabe o que é encontro em nossa familia é só ler a tag anexa, ou seja, festa, familia. Hihihi

23 de jul. de 2010

A carta de um Homem, via Wander

Ao ler essa deliciosa carta enviada pelo Wander fiquei pensando que ela merecia estar aqui.
Não sei quem escreveu mas sabendo quem enviou sei que tem o aval de alguém da família que por sinal tem bom gosto.

À quem escreveu os meus sinceros agradecimentos e sua licença.

A carta de um Homem 

Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção. Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual. Isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas. As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas.... Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As muito magrinhas que desfilam nas passarelas seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays, e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são muito retas e sem formas, e parecem agredir o corpo maravihoso das mulheres. Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura. A elegância e o bom trato são equivalentes a mil viagras. A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa... sem graça. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor. As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas. Por que razão as cobrem sempre com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras, e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão, e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão. É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulímiaca e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranquila e cheia de saúde. Entendam de uma vez! Procurem agradar a nós, e não só a vocês; porque nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas e maravilhosas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é simplesmente linda! As jovens são lindas... mas as de 30 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por Karina Zzocco, Eva Longaria, Angelina Jolie ou Demi Moore, somos capazes de atravessar o Atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas, que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto, uma mulher de 45, que entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento, ou está se auto-destruindo. Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio, alegres, e que sabem controlar sua natural tendência à culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se sabota e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza. Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol', nem em Spa... viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos. Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto. Tudo junto! 

É ou  não é uma carta de levantar o dia de qualquer mulher?
Para mim foi o suficiente para dar mais ânimo para fazer uma faxina na casa e em mim mesma.

17 de jun. de 2010

Ah como é bom escutar histórias!!!


Do titulo até o ponto final essa merece estar aqui. Só fiz o famoso copiar-colar:

Hoje fui levar D.Wayne para entregar suas vendas (um monte) e Maria Teresa, minha filha mais velha 17a, me ligou perguntando com o que combinava um sapato verde que ela havia achado em promoção.

Ela adora sapatos!!

Minha mãe falou: " Parece filha da mãe!! hahahaha! Mas também é sobrinha da Waldyra. A Waldyra adooorava um sapatinho! Tinha até um de crocodilo.

Quando ela trabalhava na fábrica ganhava um dinheirão. Eram um mil cruzeiros. Um dinheirão.

E "vorta-e-meia" ela chegava em casa com uma sacola no braço. Gostava de comprar, principalmente sapatos. De todos os tipos, modas, cores.

Teve um vez, que estava vindo embora pra casa e viu que um homem a estava seguindo. Ela usava um anel grande de topázio, virou o anel pra dentro da mão e meteu um tabefe que deve ter rasgado a bochecha do sem-vergonha!

Mas hoje estou mesmo é com muuita saudade da Walkíria. Ela fez, uma vez que fui num evento do Avon, um almoço delicioso com mandioquinha. Até hoje lembro desse encontro qdo como mandioquinha!

Então me "sorta aqui travez". Deus te abençõe minha filha. Obrigada pela carona..."

Eu é que agradeço mãe, pelas boas lembranças!
Um beijo cheio de amor pra todos

Boa noite!

Flavia

Faltam 115 dias para contarmos e ouvirmos histórias juntinhos!

É isso aí! Disse tudo minha priminha.

5 de abr. de 2010

Oh, duvida cruel...

Já faz algum tempo que venho mastigando mentalmente se devo ou não alterar a ordem dos fatores aqui no blog. Muitas vezes fico pensando que as pessoas não leem o que ficou para tras o que considero um desperdicio. É como ler um livro de tras para frente, entendem? Bem esquisitinho... Hoje me pus a ler o que ficou no ano passado e creio que muita coisa merecia o aval ou aparte de vocês. Diante da dúvida coloquei uma micro enquete ao lado para que me ajudem a tomar uma posição, se for possivel, é claro. No caso de precisar comentar façam nesse espaço aqui, tá? Obrigada pela atenção. Uma boa semana para todos!
Esse é o amanhecer no sitio do meu amado. Jamais vi!

mas tardes vi muitas.



27 de mar. de 2010

Para alguém que gosta de dançar 2

 

Faz muito tempo. Mas nada conseguiu apagar o que senti ao presenciar tia Wayne soltar a voz na calçada.

Foi numa tarde que ficou lá trás quando ainda morávamos na praça Guilherme Kawall.


A família Almeida Abrantes costumava passar lá em casa após fazer a “mudança de guarda roupa” dos filhos. Me lembro que eles vinham pelo menos duas vezes por ano com esse objetivo. Era algo ritualístico e como tal muito interessante.

Ficava impressionada com a satisfação que meus tios nos transmitiam não só com as compras mas com a oportunidade de nos encontrar também, pois era um “conversê” danado de bom. Era muito legal. Ficávamos proseando a mesa e, após o almoço, continuávamos sem levantar para não perder tempo. E dá-lhe cafezim. Uma vez ela comentou olhando para mim: Não é uma delicia? A gente vai ficando aqui e quando vê já é hora do lanche; não precisa nem desarrumar a mesa.
Acho que a prosa só parava quando o maxilar começava a doer: fosse por falar, fosse por rir. E dá-lhe ensinamentos.
Não me lembro em que momento, se foi antes ou depois das compras que ficou decidido que iriamos ao Shopping Iguatemi para ver qualquer coisa. Ao sair de casa, ainda na calçada, ela deu um sorriso feliz e cantou em alto e bom som “Éééé primaveeeraaaaaaa te aaamo......... fiquei absolutamente abobada assim como a maioria das pessoas na praça. A impressão que me deu foi a de que era natural e frequente pisar na calçada e soltar a voz. Natural era, mas frequente não; simplesmente acontecia.

Lembro-me de ficar embasbacada e durante muito tempo me questionar se algum dia teria coragem de repetir o gesto. Afinal de contas era um tanto estranho... Mas seria inadequado? Não. Era apenas uma manifestação de felicidade.

Vimos isso e sabemos que era pura felicidade, pelo dia, pelo céu, pelo shopping, pelas roupas, pela irmã, pelo cunhado, pelos sobrinhos, não importa. O importante era manifestar a felicidade sentida. Ainda não o fiz, mas já tenho coragem (o problema está na ausência de afinação, coisa que ela tem de sobra).

Nesse dia ,especificamente, houve mais uma cena impagável: Fomos a uma loja de disco chamada Hi-Fi comprar um disco qualquer e ela, muito segura de si, perguntou ao vendedor (um pouco mais velho ou mais novo do que eu que devia ter uns 15 anos) se ele conhecia um cantor chamado Nuno Roland. O rapaz disse um não com uma cara de “o-que-será-isso?” que jamais esquecerei. Ela então, educadamente, resolveu cantar para ver se ele lembrava pela melodia e se pôs a cantar um trechinho na maior desinibição. Não dá para esqueceri essa cena enquanto viver. Uma pena não ter guardado o nome da música para oferecer a minha tia com gosto.

Como já deve ter dado para perceber é sobre essa tia e seus ensinamentos que gostaria de falar. Primeiro por ser um dos meus ídolos na infância e na adolescência; segundo, por que além de ser meu ídolo, tia Wayne foi e é uma das pessoas mais significativas em minha vida. Tenho a impressão que ela não sabe o quanto me fez mudar e o quanto me ensinou em termos de viver a vida.

As dificuldade tecnológicas que encontrei para escrever esse post não chegam aos pés do prazer que sinto ao fazê-lo. Era importante aprender a colocar a musica como introdução no post e, mais ainda, editada para que percebessem como ressoou em minha cabeça a contata na praça. Marco profundo em minha história.

Ela sempre me fez rir mesmo brava (ela ou eu). Muitas vezes não a entendia, pois afinal é difícil entender alguém que nos acorda as 5 horas da manhã para que puséssemos nossos narizes no vidro da janela gelada de Campos de Jordão e víssemos o espetáculo da geada. Alguém que para nos dar um café fresco ferve a xícara tornando a coisa em si um pouco tépida demais; ou alguém que nos abraça apertado enquanto pergunta: “tá boazinha?” segurando firmemente nossos braços e olhando-nos nos olhos a espera de confirmação (nunca a negação). Alguém que não nos deixava (quando adolescentes) sair antes de lavar todas as louças, de pegar todas as lenhas, de fazer xixi mesmo sem vontade, escovar os dentes mesmo já tendo escovado. Alguém que nos faz comprar, sem precisar, uma duzia de meias de seda (que tenho até hojee isso faz mais de 15 anos) das cores mais variadas como turquesa, laranja, verde claro e a verde escura, também, pois poderíamos precisar (infelizmente nenhuma delas tinha a tal costura atrás, como já disse anteriormente). Alguém que responde todas as nossas perguntas num tom único para contar o bom e o ruim.
- Tia, como está fulano? Podemos perguntar inocentemente e ela quase saltita e  diz: “Ah! morreu coitadinho, mas feliz, muito feliz”.

- E Beltrano, tia? "Ah! Tá ótimo. Roubaram a casa dele, mataram seu cachorro e ficou de louça-nem-um-pires, mas agora esta ótimo. Tudo passa, não é minha filha?”

Uma vez deixou-me emocionada ao responder a pergunta se ela e meu tio (Zé Ireu) ainda dançavam como antes nos bailes e festas com um sonoro “Claro que sim! O Zé e eu já entramos assim quando chegamos nos bailes” enquanto se punha na posição correta para enfatizar e demonstrar para nós, ouvintes, a arte de dançar junto como ninguém.
Era lindo vê-los dançar. Pareciam caminhar nas nuvens. Um casal elegante, sorrindo e deslizando na pista com a maior facilidade. Parávamos para vê-los. Eu pelo menos o fazia com satisfação e orgulho.

Minha tia me mostrou como é bom dar adeus para as pessoas em Cumbica, pois todos respondem lá na parte de baixo do saguão de embarque. Parece bobagem, mas não é. Quando André e Soraya casaram-se fomos acompanhá-los até o aeroporto e, independente da despedida que fez para meu irmão e minha cunhada, naquele dia, muita gente embarcou feliz pois alguém os “reconheceu” e lá de cima, havia desejado boa viagem com um adeus vibrante e um belo sorriso,.

Há tanta coisa para dizer sobre ela que confesso não saber se não irá ficar muito grande para aqueles que não sabem o que é ter uma tia que mesmo estando viúva, hoje em dia, se recusa a deixar meu tio em paz, pois quem mandou ele morrer primeiro. Se algo precisa de conserto, como diz a Fernanda sua filha, já se põe a falar para ele: “Aiqui, Zé. Pode dar um jeito nisso, quem mandou morrer? Agora trate de ajeitar o problema”.

O curioso é que a coisa se ajeita. Não é incrível?

Gostaria de saber qual era a música do Nuno Roland, tia. Mas não sei. De qualquer forma consegui encontrá-lo, em Marataízes.

Um beijo

14 de jan. de 2010

2010 chegou ou acabou uma década? A enquete.

Historicamente falando a década não acabou, mas acabará no dia 31 DE DEZEMBRO DE 2010, portanto 2010 chegou. E chegou com força total.

Nessa enquete, o que mais me chamou a atenção é que mesmo sem dinheiro a maioria de nós vive muito bem. Pareceu-me que as pessoas estão mais conscientes da importância da saúde, da consciencia de sí  e sendo mais feliz. Lembrei-me da fase da dureza total quando irresponsavelmente arrecadavamos um real de cada um e iamos para Paraiso para cantar sentados na praça e ainda sobrava dinheiro para comprarmos um garrafão do pior vinho, da pior vinicula, da pior safra e bebíamos como se fosse o melhor vinho , da melhor safra e da vinicula do século. Pra falar a verdade eu fingia que bebia pois tinha medo de morrer no auge da felicidade.

Nenhum de nós tinha o carro do ano (não me lembro), estavam sempre quebrando e necessitando de empurrão. Ar condicionado? O que é isso? Barulho no escapamento? Ótimo, assim o carro fica com um som marcante... Tirávamos proveito das coisas ruins e acabávamos acreditando, piamente, que aquela havia sido a melhor férias de todos os tempos.

Hoje, vejo que as coisas continuam mais ou menos parecidas visto que, apesar de ninguem ganhar um dinheirinho extra, ou seja, 0% , as viagens rolam soltas. Que legal!

Gostaria de falar mais sobre o que vejo em nossa enquete familiar (fiquei intrigadíssima com o item OUTROS, cheguei a pensar: Hãhã! O que será que temos aqui que não está ali?) Mas querem saber? Para quê, se quem lê e participa já sabe e quem não participa é por que não está nem aí... Certo!

Ops! Vontade de falar um palavrão...

Mas mando beijins messsss!


Voltei para esse post para lembrar que o bloguinho está comemorando um ano nessa semana!
É só!

26 de dez. de 2009

18 de dez. de 2009

Alargando os horizontes da memória!

Decidi que devemos mexer em varios baús. Dentro em breve irei remexer minhas memórias atrás dos Brandão. Estou construindo um elemento grafico que irá apresentar para os mais novos a hierarquia familiar e o encontro das águas: ALMEIDA e BRANDÃO.
Por enquanto, como se nada fosse, observem nossos parentes queridos parentes Brandão.
beijinhos