Parentes queridos parentes

O que são parentes? Como surgem? São importantes? O que nos acrescentam? É sobre essas questões que me proponho a pensar e falar mais do que qualquer coisa. Não que outras coisas não sejam importantes.
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18 de nov. de 2011

Para o Guto

Eis a foto que mencionei, Guto. Observe se esse homem não era muito bonito e garboso. Ele iria fazer  em setembro desse ano 20 aninhos. Minha mãe viria a nascer em Outubro de 1925.
A muito o que dizer sobre nosso avô e muito pouco espaço na Internet para caber, concorda?
Fiquei emocionada com seu carinho com ele, com seu cuidado e seus gestos de quem realmente ama um parente tão importante na ordem das coisas.
Quando o tirei da galeria dos Mortos de minha mãe fiquei reparando nos detalhes: na juventude, na segurança, na maneira atípica de se sentar numa cadeira para o ano em que foi fotografado, na dedicatória para uma de suas irmãs (que não sabemos qual era), no olhar firme de quem efetivamente sabia o que queria.
Adoro essa foto!
Espero que aproveite , assim como os outros primos, desse nosso avô que hoje em dia quase ninguém conheceu como se apresenta na foto. será que há alguém? Creio que não.
Um beijo
Wania

13 de mai. de 2010

13 de maio

Esse dia me reporta a duas situações distintas que tiveram uma importância grande em minha formação.

A primeira situação vem do fato de pertencer a uma família eminentemente católica e ter estudado a pré escola, o primário, o ginásio (em linguagem antiga, é claro) e a graduação em estabelecimentos religiosos. Já o famoso ensino médio numa escola laica. Dizer que não tiveram um papel significativo em minha vida seria mentir descaradamente. Afinal meus valores e princípios religiosos estão calcados neles.

Para relembrar aqui estão: Os 10 Mandamentos da Lei de Deus são:
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar Seu santo nome em vão.
3. Guardar domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade.
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.

Quando aprendi não os praticava de forma consciente, afinal o negocio era decorá-los. Após muita estrada comecei a não lembrar mais de maneira decorada mas a pensar neles em varias situações.

Gozado, são só 10 leis e no entanto como são difíceis de serem cumpridas... Talvez, se pagássemos multa, ?...

Algumas dessas leis chegam a ser banalizadas de tal forma que ao cumpri-las ficamos constrangidas. Um exemplo disso é a décima lei: "Não cobiçar as coisas alheias" ora, se hoje vivemos para mostrar o que temos e causar inveja ao outro, como fazer? Ficamos com vergonha de não revelar que queremos as coisas dos outros, mas sim, a própria vida deles. Tá loco siô!

São reflexões que gosto de fazer. Deixa para lá!

A segunda situação é diametralmente oposta: Os Bailes do Pretê. Para quem não sabe o nome Pretê foi dado para o Clube dos Negros (que confesso minha ignorância ao dizer que não sei qual é o seu nome oficial) em Paraisópolis. Sempre achei estranhissima essa nomeação e distinção entre um clube e outro pois ninguém chamava o outro de "Branquê". Sem entrar na validade ou não do nome, deixo claro que diversas vezes ouvi negros dizendo que iam ao Pretê com alegria e orgulho. E tinham razão para isso pois muito dos bailes geniais que fui foram no Pretê.

Lembro-me em especial de um 13 que teve desfile pelas ruas e que me senti muito orgulhosa de participar quando fui convidada.

Trabalhei durante anos com um porteiro de família de Paraiso que toda véspera do 13 de maio me perguntava se eu iria; dizia não com uma pontinha de inveja e tristeza, pois sabia que ele iria com seus parentes, infalivelmente.

3 de jan. de 2010

Tem coisa tão esquisita

Desde criança ouço dizer que a cidade que mais apelido dá para todos é Paraisópolis. Lembro-me até de uma piada contada pelo tio Figango sobre uma aposta realizada entre duas figuras em que um dizia ao outro que ele apostava que ficaria uma semana na cidade e que ninguém iria apelida-lo. Aposta feita, o sujeito chegou em Paraiso e se hospedou no Hotel Central (observe que era dado nome aos bois). Evitou sair, apenas tomando cuidado em abrir a janela em determinada hora do dia. Passaram os dias e ao final pediu as contas e quando pisou na calçada ouviu alguém dizer: "O cuco já tá indo embora". Eu achava o máximo isso.

Pois não é que agora pouco passando pela sala e ouvi o Faustão berrar (ele não sabe falar, coitado) que Claudio era a cidade dos apelidos em Minas?

Ops! Algo estranho. Claudio , para mim é a cidade onde vou um dia atrás de determinadas coisas (15 endereços em meus favoritos) e nunca poderia imaginar que ela é mais famosa como cidade dos apelidos do que Paraiso...

Uai! E agora, José? Como ficamos? Cadê Paraiso nessa? Ô tio quer dar uma luz explicativa aí de cima?