Parentes queridos parentes

O que são parentes? Como surgem? São importantes? O que nos acrescentam? É sobre essas questões que me proponho a pensar e falar mais do que qualquer coisa. Não que outras coisas não sejam importantes.

26 de abr. de 2010

Há coisas muito curiosas na familia

Sempre fico lembrando de coisas acontecidas em nossa família que, no mínimo, serviriam de tema para um programa humorístico ou de reflexão num grupo existencialista.

O mais curioso é que enquanto a caravana avança as coisas continuam a acontecer, só que nos dias atuais, com tantas informações `pipocando´ o tempo todo deixamos de lado o insólito. Que na familia tem a "pegar de a pá"

Na quinta-feira passada havia uma porção de papéis rasgados, amassados após uma busca ferrenha atrás dos papeis para fazer o ... como vou dizer??? Humm! ..., aquilo que somos obrigados a fazer todo ano em Março e, especialmente em Abril, certo? Todo ano é a mesma coisa: aproveito esse momento para fazer um "rapa" na papelada.

Na sexta-feira, a Maria chegou para mim e disse: "Wania encontrei essa aliança e mais não-sei-o-que no lixo!!!"  Respondi: "Ah! tá, Maria. Obrigada. Deixa eu ver." Examinei a grande aliança  enquanto ela me dizia da importância do cuidado com as jóias. Eu, concentrada como um extrato de tomate devo ter dito: Hum, hum! è messs! Mas essa aí é de enfiar o troço que veio no ... e não devo ter continuado a frase.(devo confessor que ´pe típico de mim, tal coisa). Maria saiu do escritorim e eu continuei a labuta.

Sábado. Esse é o dia de minha mãe comprar bananas X para a Sophia. Ela gosta do bananeiro pois além de ser mineiro ele é bom, segundo ela. Tenho uma visão privilegiada de minha sacada e assim que vi o bananeiro fui avisar: Mãããe, a senhora quer banana hoje? E ela: "Espera aí. Preciso falar com ele." Achei estranho o ter de falar com ele, mas fiquei na minha.

As 17 horas ela queria visitar a Aline que finalmente retornara da Europa sã e salva. Antes de sair perguntei: "Mãe, por que a senhora precisava falar com o bananeiro? Tranquilamente respondeu: "É que eu queria ver se a aliança que veio junto das bananas era dele." E antes de eu conseguir dizer: Como é que é? continuou... "Mas,muito bom esse moço minha filha, pois falou: "não, Dona Waldete, a minha está aqui na minha mão".
"Então continuou ela, o Toninho (para quem não sabe o Toninho em questão é o Antonio Carlos, meu vizinho, fornecedor de bananas para a Capital) que estava perto conversando com o bananeiro, disse que poderia ser do fula:no, um empregado dele, pois é quem separa as bananas." Minha mãe finalizando o enredo falou: "E ai, minha filha, pedi para ele levar, graças a Deus menos uma coisa em minha cabeça."

Aí, olhando para ela falei: "Mãe, você sabe de quem é a tal aliança? Pra começo de conversa não era de quem e sim do quê... É do convite de casamento do Diógenes. Lembra que o convite do casamento era enroladinho? Segurando o enroladinho veio a aliança?

Começamos a rir sem parar até que me ocorreu algo fugaz: "mãe, e se o moço que separa banana levar pra casa e a mulher dele pegar? O que vai acontecer? Ao invés de juntar a aliança vai separar...

A pergunta que não quer calar: Como foi que a aliança encontrada no lixo foi parar no cacho de bananas?


3 comentários:

  1. Muito engraçado! Típico da familia Almeida!
    Dei muita risada e imagino a cena!!!
    Saudades da tia Waldete.
    bjs na duas

    ResponderExcluir
  2. que bom vc ter voltado. Estava me sentindo sozinha nesse blog imenso. Beijocas querida.
    Ah! Se puder mostre para sua mãe o trecho do Nabuco ai embaixo, tá?

    ResponderExcluir
  3. Delícia!
    Estive alheia a web por uns momentos, mas como é bom retornar com essas pérolas!
    Minha mãe tinha umas tiradas, também!....
    beijos

    ResponderExcluir