Parentes queridos parentes

O que são parentes? Como surgem? São importantes? O que nos acrescentam? É sobre essas questões que me proponho a pensar e falar mais do que qualquer coisa. Não que outras coisas não sejam importantes.

2 de set. de 2011

O dia em que não fomos visitar a Laura

Há coisas que nos faz refletir e outras que passamos ao largo como se fossem inutilidades vividas. Por que será?
Desde a ultima vez que aqui escrevi vivi muitas coisas: Dei um curso no sindicato dos professores de São Paulo; fui a várias reuniões do meu núcleo familiar; sinto um progresso indescritível em relação a minha depressão (estou quase me dando alta); estive no sitio; brinquei muito com as pequenas Sophia e Teresa; conversei muito com minha vizinha que vivi encerrada entre quatro paredes e outras coisas que normalmente me fariam parar e refletir. No entanto o que mais me vem a cabeça é o dia em que não fui visitar a Laura.
Esquisito!
Creio que foi no sábado dia 13 de Agosto que ficamos sabendo que as crianças teriam um final de semana só de festas e que não as veríamos. Então perguntei para minha mãe se ela toparia ir até a casa da Laura para visitá-la. Ela ficou toda feliz e disse que sim que seria muito bom. Fixamos a visita para domingo e perguntaríamos para Laura se estava ok.
De repente, na manhã de domingo o tempo que estava friozinho virou um friozão-chuvoso. Comecei a ficar preocupada pois minha mãe nasceu antes do frio, segundo ela, o que tornaria nosso alegre passeio num terrível bater de queixos.
Minha prima Laura mora num dos pontos mais altos de São Paulo, próximo ao Horto Florestal (sim, São Paulo tem Horto Florestal e é bonito) o que quer dizer que estaria mais frio do que onde moramos. O resultado conforme fomos sentindo foi a não ida até a casa da Laura.
Tá ! E daí? Ela não soube, não ficou na expectativa, não precisou preparar nada (conheço minha família) porque vira e mexe fico pensando nisso?
Lembro-me de já ter escrito sobre isso lá atrás (vide As ideias florescem). Na minha família tudo é motivo de festa inclusive visitas inesperadas. Fico pensando também que antes as pessoas não avisavam que vinham nos visitar. Elas sabiam quando chegar. O dia e a hora não era o mais conveniente para elas mas sim para os que iriam receber. Creio que ninguém visitava ninguém durante a semana e sim nos finais de semana; nunca de manhã, mas sim ao longo da tarde. Êta povo educado, né? Será que nos tornamos menos educados ou apenas crias de seu tempo? O que isso tem a ver com a visita a Laura? Nada! Apenas para dizer que continuo pensando no dia em que não fomos visitá-la. É isso. Simples assim.

6 comentários:

  1. Adorei! Simples assim ... mas me deixou aqui a pensar nos "dia que eu não visitei a Laura , a Katya, a Wania, Lydiane, a Soraya, a kenia, a Eliane, Tia Wilka, a Tia Waldeneuza, a Tia Wayne , a Flávia, a Fernanda , a Andrea , a Tia Olga , a Regina ( minha maior amiga !!), a ... a... a... a...a...

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  2. Snif!
    Que pena!
    Fico esperando a próxima oportunidade. Mesmo que esteja frio....fecho a casa toda, faço chá, café, chocolate, coloco todas as mantas da casa à disposição. E não precisa avisar...se for no domingo, venham em qualquer um....estarei aqui e, na hora em que chegarem, sejam quantos forem, damos um jeitinho de aumentar o feijão para o almoço ou a quantidade de pães e bolos para o lanche da tarde.
    Fiquem certos de que terei um domingo muito feliz!
    beijos

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  3. E o tempo passa, e nossa rotina nos esmaga como tratores, e vamos passando pelo tempo e deixando de fazer coisas que teríamos prazer em faze-las.
    Saudades de você, saudades da Laura, da Wanilda e em especial da sua mãe. Ainda vou tomar um café na sua casa antes que o ano acabe, se Deus quiser.

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  4. Adorarei poder pensar em recebê-las (e todos os outros da nossa querida família) de forma inesperada... Basta só avisar para irmos buscá-las no aeroporto. Seria muito bom!!!! beijos à todos.

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  5. Sinto uma vontade imensa de visita-las todos os dias de conversar de matar as saudades, de chegar na sua casa bem cedo, em um dia bem frio e conversar com a tia Waldete e você pegando o sol que entra pela janela e falar de poesia, e falar com a Katia pelo telefone naqueles minutos que estive ali, que coisa gostosa, que sensação indescritível, que delicia, com certeza, O dia em que fui visitar a Wania e a Tia Wadete.

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  6. Adoro esses meus parentes presentes, sabiam?
    beijos
    Wania

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