Parentes queridos parentes

O que são parentes? Como surgem? São importantes? O que nos acrescentam? É sobre essas questões que me proponho a pensar e falar mais do que qualquer coisa. Não que outras coisas não sejam importantes.

18 de set. de 2009

Prefácio e o Terno

Mamãe está aqui ao meu lado ouvindo e estou lendo os post e comentários para ela.
Aí me perguntou se eu já contei o caso do tio Libaldo quando entrou num local abarrotado de árvores. Ela esqueceu o nome do local por enquanto.
Disse que um senhor da época contou para ela que o tio Libaldo era único que sabia fazer curva quadrada. Para tirar o tal jeep foi necessário derrubar arvores.
Perguntei quem era esse senhor e ela contou que era Sr. Oavinho casado com quem ela está tentando lembrar o nome, e pai da Aparecida Noronha e Esmeralda.
Um dia vinha vindo uma colega de minha mãe, vinha vindo pela calçada quando ele murmurou para ela: "Lá vem a Prefácio." Curiosa perguntou: "Por que prefácio, Seu Otavinho?". Prontamente respondeu: "Ora, já viu coisa mais chata que prefácio?"
É fantástico.
Adorei.
Beijos
Observação: Segundo minha mãe esse Sr. Otavinho era muito amigo do Totinho, irmão da tia Nanoca. Quando ela foi entregar o convite de casamento para eles, os dois estavam conversando. Perguntou para Totinho se não se importava de receber ali mess o convite dele também. Na mesma hora ele falou: "AH! que ótimo, que ótimo! Quem sabe agora sai o terno que ganhei para o casamento da Hirda (nossa avó Hilda).
Parece que o negócio era assim: Comprova rifa ou era sortedo e ganhava a confecção do terno; o Totinho foi premiado, tirou as medidas para o casamento da vovó e até aquele dia não tinha recebido o tal terno.
Tá bom ou quer mais?

4 comentários:

  1. Só em Paraiso!

    São "Dito Nania", "Zequinha do Arlindo"..."Quinquim"..."Quinzé"..."Totinho"..."Chico Potrinho"...é por isso que fica difícil lembrar nomes,né tia?
    Entendo perfeitamente....eu também tenho dificuldades.
    beijos

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  2. Tia Waldette as lembranças são ótimas e parecem combustível na memória.

    Lembranças contadas pelo meu pai e pelo próprio Totinho

    Totinho irmão da tia Nanoca era rábula, e prestava serviços de advocacia na região, quem assinava era o Dr. Roberto Silva que deixava as folhas assinadas em branco para que o serviço fosse datilografado e levado ao fórum.

    Duas passagens com o Totinho

    Certa vez pegou um taxi e foi em um vilarejo colher uma assinatura de um cliente a uns 20 km acima de Gonçalves em um sitio.
    Devia ter umas 30 porteiras para abrir, o carro passava, ele fechava a porteira subia no carro, e logo a frente outra e mais outra e mais outra.
    Quando chegou à volta a mesma coisa, quando ele passou pela ultima porteira, abriu, fechou, entrou no taxi e disse:
    "Lugar assim nunca se viu, vai ter porteira assim la na puta que pariu".

    Ele tinha um irmão que bebia muito e se metia em muitas confusões. Um dia o irmão chegou em casa e o pai disse: Meu filho eu já não agüento mais, não sei mais o que faço ou falo você não emenda, continua bebendo desse jeito.
    O irmão do Totinho abaixou a cabeça e disse, com aquela cara de cachorro sem dono:
    Sei que só trouxe desgosto a família, só me resta suicidar.
    O pai não teve duvidas, foi buscar o revolver entregou na mão dele, que pegou baixou a cabeça e entrou no quarto.
    O pai ficou esperando o barulho e nada, 15 minutos e nada, meia hora, abriu a porta do quarto, ele tinha pulado a janela. Mais tarde ficou sabendo que ele vendeu o revolver e foi beber com os amigos.

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  3. Só mais essa

    Quando ficávamos sentados de madrugada nos bancos do quadrado, hoje calçadão da rua do meio, ou Rua São José fazíamos uma brincadeira com o nome das pessoas que era mais ou menos assim.

    Eu gosto de Nescau e o Antonio Jose Lopes Ribeiro Junior, Totinho.
    Eu gosto de carne e o Zé Peixinho (pai do Edgar de Gonçalves, motorista de caminhão, época do Paturi)
    Eu gosto de ganso, Da Wanda (mãe dele) Paturi
    Eu sou da Wilka o Miltinho do Lila (fazendeiro e mecânico de moto)
    Eu gosto de laranja e o Zé Lima (dispensa apresentações)
    Eu gosto de bar e o Zé da quitanta
    Eu escuto e o Mané surdo (amigo do Toninho Fernando)
    Eu gosto de cirola e a Da. Elaine, Minhocão (marido dela)
    Eu sou filho e o Zé Neto (furgo Zé Bosta)
    Eu sou filho e o Zé Cunhado ( da tia Waleska)
    Eu gosto de frango e o Paulinho Galinha
    Eu gosto de iogurte e o Sergio Gualhada
    Eu gosto de Anta e o Reginho Castor ( por causa dos dentões)
    Eu gosto de coisa viva e o Galinha Morta
    Eu tenho um cavalo e o Chico Potrinho
    Eu conheço cu de pato e o Paulinho Cu de Anu.

    Esses são alguns poucos nomes e apelidos que ficávamos brincando durante as noites em Paraíso, tem mais, muito mais, mais a memória ta meio vaga lembrança

    beijos

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  4. Isso que apresentou aí, Wander talvez seja a unica maneira de guardar essa "muntueira" de apelido. Achei essa brincadeira sensacional. Parabéns!
    Beijos
    Wania

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