Parentes queridos parentes

O que são parentes? Como surgem? São importantes? O que nos acrescentam? É sobre essas questões que me proponho a pensar e falar mais do que qualquer coisa. Não que outras coisas não sejam importantes.

7 de jan. de 2009

Ontem fui dormir triste!

Quando ouvi sobre a menina perdida em RO, durante uma festa de família, fiquei com um nó na garganta. Um ano e 9 meses e perdida. Imaginei: na minha família isso não aconteceria. Que boba. Ninguém está livre de viver uma coisa dessa. Por mais que um clã seja cuidadoso, sempre haverá uma criança tentando fazer algo que não estava no programa, na bula, no manual de educação de crianças. É para isso também que nascem os bebês: para nos fazer andar quando não queremos, para subir um barranco com as unhas recém feitas, para travar ou destravar o carro fantástico do tio "rico", mas que não lê manual e precisa chamar guincho, mecânico, parente experiente, porém, mesmo assim, volta a reboque para casa. As crianças de uma família renovam, revigoram, desgastam TODOS os familiares sem dó nem piedade com ideias criativas e ações inacreditáveis. Como dizia minha tia Filhinha: " Quando estamos perto de uma criança não devemos piscar um segundo". Uma coisa leva à outra e acabei lembrando de alguns episódios curiosíssimos entre as crianças das diversas safras da minha família (meus, inclusive). Um dos mais significativos foi de minha irmã Wanilda com nossa prima-irmã Katya, no dia do casamente da nossa tia Wilka. O grande sonho desse minha tia era casar-se na fazenda de meu avó Benedito. Tem capela e tudo mais por lá. Lembro-me que estávamos todas arrumadas e bonitas com vestidinhos gracinhas, muito engomados. Estranhava ver tios e primos de roupas formais na roça, mas estava achando tudo o máximo. Antes da Hora da fotografia, vi uma certa agitação no ar com minha mãe e minha tia chamando bem alto: "Wanildaaaaa".... "Katyaaaaaaaaa".... Aí, pessoas adultas já estavam espalhadas por todo canto chamando por elas. Se nos, as crianças, ameaçássemos sair para ajudar ouvíamos um berro: "Não se mexam!" Um grito em especial despertava minha curiosidade de criança: "Wanilda e Katya, apareçam aqui já!" E não é que elas apareceram!? Diferentes, mas apareceram. As duas estavam absolutamente molhadas das cabeças aos pés, com os vestidos lindos encharcados, pingando, com os sapatos nas mãos. Não me lembro qual estava de coque e muito laquê pois tinham os cabelo fininhos, lisos de tal jeito que só assim para parar lá em cima da cabeça (coque era um tipo de penteado torcido no alto ou atrás da cabeça. E laquê era o ´rascunho` do gel atual). Pois bem, esse coque estava igualzinho a Torre de Pizza, na Itália, de tão torto, no entanto, não caiu. Fiquei muito orgulhosa delas e com um medo danado de nossas mães. Ah! Elas tiraram a foto assim mesmo. Se eu encontrar colocarei aqui.

6 comentários:

  1. Essa foto existe e nela verá que eu estava com a cara de choro, pois um coro na bunda eu tive pela fugida para apanhar goiaba emabixa de uma poça de lama. Eu muito esperta e franzina, achei de levantar a Wanilda, grande e forte ( leia-se maior) que eu... claro que a "porcaria" estava pronta. O coque acho que era a Wanilda, o meu cabelo estava com tanto laquê ( não é gel Wania, e sim spray, nos dias de hoje ) que nem saiu do lugar. Agora te digo uma coisa : coloca a foto no site procê vê uma coisa!!!!!!!!!!!!! eu corto meus pulsos!!! :)

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  2. Eu ja sabia desta historia por um dos mais velhos, e sinceramente adoraria ver essa foto...qto aos pulsos, não seja boba...rir de si mesmo é bom demais...

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  3. É isso mesmo, vamos conservar a criança levada q/ temos dentro dos corações.
    Precisamos muito disso nos dias de hoje

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  4. Me lembro uma tarde na fazenda, um filho de funcionário entrou em um cercadinho onde estavam 2 viadinhos q/ tio Wolf trouxe de suas viagens. Um dos bichinhos atacou a criança causando o maior fervor. Tia Waldeneuza teve um treco. Catou a criança, levou p/ SBento no hospital, mas no fim acabou tudo bem. Só alguns pontinhos e um grande susto

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  5. Fernanda, Corte 90% do que digo. Continuo palhaça, criança e morro de rir sozinha de mim mesma.
    Estou na profissão errada, de tão dramática, bato Fernanda Torres facinho, facinho!!!!
    Tem horas que, quem me vê rindo sozinha, pode jurar que sou uma forte concorrente para a Colonia Lopes Rodrigues ( vulgo hospício de Feira) Outro dia fui assaltada em uma esquina perto de casa, fiquei gritando "pega ladrão" por meia hora seguida, parada no mesmo lugar, os ladrões já tinham chegado em SSA e eu aqui ainda gritava. Quem passava e olhava a cena, podia jurar que eu tinha fugido do "Juquiri" e, hoje quando lembro disto, fico rindo da minha idiotice! Lerda? Seu nome é Katya!

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  6. Renata, veja como "uma coisa puxa outra" ( hummm isso me fez lembrar de o u t r a c o i s a, não perguntem qual!!!!!!!!!!! ) mas voltando ao assunto em pauta: Me lembrei de uma mulher que deu a luz na Kombi do papai. Não deu tempo de chegar em Paris e o trabalho de parto começou no caminho. O que me lembro é de um colchão colocado sem o banco do meio e cheio de sangue e que depois eu fui visitá-la no hospital. Se não me engano o bebê morreu. Não me recordo bem... mas acho que já estava morto, sei lá....
    Aí.... para que eu lembrei disso agora???????
    Acho que Didi e Rosa que foi acompanhando a mulher, enquanto meu pai dirigia.
    "Causos da Fazenda Santo Expedito" Muito mau contados, mas não deixam de ser causos!

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