Parentes queridos parentes

O que são parentes? Como surgem? São importantes? O que nos acrescentam? É sobre essas questões que me proponho a pensar e falar mais do que qualquer coisa. Não que outras coisas não sejam importantes.

15 de set. de 2009

Do Sapucai ao Itajai II - Ler sobre Kleber também

Blumenau 1983 Santa Rita do Sapucai 2008 Santa Rita do sapucai 2000
Itajaí 2008
fonte: http://aleosp2008.wordpress.com/2008/11/28/fotos-grandes-enchentes-enchentes-historicas/
Se observarmos bem teremos a impressão de que sempre foi assim: agua, agua e mais agua. Graças a Deus nunca vivi uma enchente como parentes muito queridos viveram a ponto de se traumatizarem por conta disso e não sem razão.
Fiquei sabendo que no vale do Itajai só faz 150 anos que esse povo luta contra as enchentes. No blog Codigo ambiental Catarinense X Enchente de Eloy Casagrande Jr. – PHD - Professor na área de sustentabilidade e inovação - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, encontramos o seguinte título:
Mortes e prejuízos do Vale do Itajaí: tragédia anunciada há mais de 150 anos.
É de arrepiar o que se lê, pode acreditar!!! Continuando a navegar encontrei em Minas o seguinte tópico: Minas para quem? População questiona projeto de barragens "secas" Governo do estado mineiro planeja a construção de três barragens e ignora o destino de mais de 6 mil pessoas "A construção de um sistema de barramentos no sul de Minas vai acabar com o problema das enchentes do rio Sapucaí que atingem os centros urbanos de Itajubá, Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre."
Esta é a propaganda da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) que, desde meados do ano passado, têm transformado a realidade daquela região e tirado o sono de muitos moradores atingidos pelo projeto. http://www.mabnacional.org.br/noticias/141008_barragens_mg.html
Confesso que fiquei muito chateada e intrigada. Para começar não sei como um sofrimento pode durar 150 anos. Depois não consigo entender o que são barragens secas com ou sem aspas.
Quando aconteceu aquele horror em Sta Catarina só ficava pensando em meus primos que lá vivem, nasceram e permaneceram. Para dar uma de Poliana e não sofrer muito ficava pensando: " Ainda bem que meu primo Kleber sabe se virar no barro e na lama e muito bem".
Ficava pensando que talvez ele conseguisse uma Kombi, sei lá. Sei do ridiculo do pensamento mas cada um se agarra no tronco, no galho ou na tábua que puder, certo? Ficava imaginando ele de posse de um fusca verde atravessando aquele aguaceiro como um cavaleiro, modelo Ivanhoé, salvando todos e colocando-os -secos- no pico do morro mais alto. Nas fotos não apareciam Kombis (tudo bem, eu sei que Kombi não é um Land Rover, but que nos conseguimos sair de muita fria com Kombi, não há quem me desminta) e também não via fuscas... Onde estavam os Fuscas? Pô!
Não tinha coragem de me informar pois tinha muito medo do que poderia saber. Minhas lindas priminhas que tinham acabado de montar a academia fisioterapeutica mais linda e cuidadosa de toda Sta Catarina... Como era possível? E, virá e mexe apareciam as aguas subindo, subindo, subindo...
Não me lembro de ter visto tanta agua a não ser quando garbosos tentavámos ir para fazenda e era só se deparar com um levissíma curva para direita, antes da ponte e lá estava ela: a água. O que significava que teriamos de enfiar o pé, a mão dentro d´água para achar a ponte em primeiro lugar. Hoje vejo o perigo que nossa pseudo consequencia nos fez fazer.
Tentando achar uma fotos bem significativas sobre a situação vivida encontrei um site formidável mas que confesso a principio dialoguei com ele na gozação. Começa assim: "Ao trafegar por estradas de terra é sempre bom deixar o jipe (jeep?)com tração 4x4 (4x4?) ligada, para ter maior dirigibilidade e segurança (não esqueça de ligar as rodas-livres se forem do tipo manuais!). (ah! tááá... Nunca esquecíamos mesmo...) Outra vantagem é que se você precisar usar a reduzida, como por exemplo numa subida íngreme, o jipe já estará 4x4. Ah! pensei, que 4x4, meu filho? Estamos falando aqui de Kombi, Chevette, fusca, Opalas, Caravans...
Não se trata de 4x4 mas sim de 1x1 (cada um por si) e Deus para todos... O que fizemos não está em nenhum dos anais a respeito do tema. Lembro-me de ter subido, no meu super mega hiper Chicote (como dizia o Waltinho) XR3 de ré na maior parte do tempo, por causa da traçao "4x4" que ele tinha escondido na alma ...e lá fui eu falando poucas e boas com a tela. Sou uma tantã, gente! Eu brigo com o computador. No final das contas gostei do site do moço, apesar de ficar irritada com os "carros" que o moço em questão sugeria.
Não me lembro nem de sonhar com tais possibilidades na época.
Agora, uma coisa tenho de concordar com Gerson A. Lourenço o dono do site : "É comum ouvir histórias impressionantes envolvendo Off-Roaders sem experiência. Se o carro ou o piloto não estão bem preparados , a trilha será lembrada como a mais demorada, a mais difícil ou aquela em que o 4x4 foi rebocado o tempo todo, recebendo o apelido de "ROLHA DE TRILHA" pois entope o caminho. http://www.4wd.com.br/4WD/dicas.htm
Um ou uma rolha de trilha é de deixar qualquer um em estado de horror, principalmente se for do tipo "eu sei tudo", "eu vi tudo", "eu posso tudo". Verdade ou não Terta?

11 comentários:

  1. Só endendo uma coisa.
    O Itajai, o Pinheiros, o Sapucai, e outros mais, já estavam por lá a um pouco mais de 150 anos, eles tambem não contruiram prédios a sua volta, não impermeabilizaram o solo a sua volta, não cortaram arvores centenária a sua volta, não se deviaram do curso, eles simplimente foram criados para gerar vida, e não descraças, e muitas infelizmente.

    Espero que as coisas melhorem, pois as gerações qe estão crescendo hoje vão precisar muito deles.

    beijos não muito otimistas

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  2. Concordo plenamente meu primo. Talvez, isso seja ausência de ganância, afinal o que queriam os antigos? Ter uma moradia, tirar sustento da "lida da vida", criar seus filhos e deixá-los amparados, certo? Poderíamos dizer que eles eram uns babacas por não almejarem mais ou seja lá que outra heresia qualquer. Uma vez uma amiga frisou com todas as letras: "O antigo nem sempre é arcaico". Concordo com ela. Além disso eu nunca vi coisas tão novas surgindo e sendo arcaicas antes de se completar. Que terrível! Mas tenho a solução: e se impermebializassemos todas as margens dos rios, heim? Que tal? Já imaginou o "parquinho de diversões off-road teríamos"? Que diz?????????

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  3. Digo, que os antigos, que somos nós hoje devemos tentar preservar o que retou, pois o que esta feito esta feito.
    Diz tambem uma amiga minha tambem, que quando se bate um prego em uma tabua, por mais que vc tente tira-lo depois o buraco sempre vai ficar.
    Acredito que todos, as vezes eram, tentando acertar, o progresso esta ai, não adianta tentar combater, temos é que conviver da melhor maneira possivel.
    Quanto ao off-road já fiz o convite, se precisar de um co-piloto estou a sua disposição, pois a Va não é muito de barro, já eu sou quase uma minhoca.

    bjão

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  4. Boa Tarde Waninha / Katya:

    Estou novamente saindo de trás da moita, para fazer um breve comentário sobre esta matéria.
    Ontem Eu havia escrito uma montoeira de coisas, talves com lógica e talves não, mas escrevi muita coisa. Qual não foi minha surpresa ao chegar no final, ao tentar publicar, deu zebra. Tinha que estar cadastrado no Google (gmail). Quem me alertou à noite foi minha filha Cristina (que agora 17:45 de 17/09 já se encontra em São Paulo, indo para a cidade de Atlanta nos USA) sobre a necessidade de se inscrever. Agora de posse do meu endereço vou tentar colocar algum comentário a respeito do assunto.
    Lembram de quando tínhamos a kombi como condução da família Costa Pinto. Iamos quase todos os finais de semana para Paraisópolis. às vezes pegávamos a serra da fazenda com escorregadia, e mesmo assim subíamos. Não tinha tempo ruim para subirmos. A tração 4 x 4 nestes casos era a força braçal mesmo. Boas lembranças.
    Uma vez, já morando em Feira de Santana - BA, fui contemplado no consórcio (de 100 parcelas) de um fusca 1500 verdinho. Viemos Katya e Eu para Santa Catarina para pegar o meu primeiro carro zero quilometro. Era uma satisfação só. Aproveitei para fazer uma visita para a minha noiva Dalva, fomos juntos pegar o carro em Blumenau e voltamos para Itajaí. Fomos juntos também até Curitiba para ver um possível emprego para mim na área de arquitetura, mas não deu certo. Voltamos para Itajaí. Dias depois voltamos para Feira de Santana e aproveitamos para dar uma passada por Paraisópolis e também pela Fazenda Santo Expedito. Tinha chovido muito naqueles dias, e a serra estava muito escorregadia. Resolvemos subir assim mesmo. Lá naquela subida do cocho, acho que era esse o nome, a coisa ficou feia. O carro chegou a ficar atravessado na estrada, e pensei em voz alta que tínhamos batido nosso carro novo. Mas qual não foi a nossa surpresa ao chegar na fazenda, e verificamos que não havia encostado no barranco. O carro estava só bastante sujo. Que alegria. Visitamos o Vô e a Vó, pernoitamos lá e continuamos nossa viagem para Feira.
    Escrevi isto, para dizer que hoje não mais faço este tipo de coisa. Deus me livre, ando só em estrada de asfalto. Eu deixo estas aventuras para o Waltinho nosso prim o e também para o Wander, pois ele também paresse que gosta.
    Aqui em Itajaí tem o Paulo, namorado de Michelle minha filha. Ele também adora este tipo de aventura. Ele tem uma Mitsubiche (não sei como se escreve). Para ir até sua casa de praia, lá na Tainha tem uma subida e uma subida, que quando chove a coisa fica feia. Só com tração 4 x 4 pode subir ou descer.

    Waninha e Katya, continuem com este Blog. Ele nos trás muitas recordações boas.

    Eu ontem havia escrito muito mais coisas, com muito mais detalhes. Mas agora encerro por aqui, pois tenho que ir para casa. Comprar pão e ver meus netos que se encontram em casa me aguardando.

    Beijão para todos.
    (Vou para trás da moita novamento).
    Até qualquer ora.

    Kleber

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  5. Meu lindo e elegante primo, sabe o que vc faz? Mostre para o genro como se sobe numa ladeira de fusca e depois deixe ele tentar também, oras bolas! É como andar de bike, Kleber, mesmo caindo de vez em quando, a gente levanta e...empurra, uai! Tenho certeza que irá arrasar.
    beijos querido primo e obrigada pelas vivências que tivemos, especialmente com Kombi, pois se tornaram lembranças impágaveis

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  6. Ei Kleber

    Agora que vc esta devidamente documentado,não deixe de escrever, pois viajamos muito nos contos por aqui, pode ter certeza.

    bjos a tds ai em baixo

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  7. Obrigado Waninha, Obrigado Wander:

    Lá vou Eu sair novamente de trás da moita, sou obrigado.
    Obrigado Waninha pelas palavras, mas o véio aqui apesar de ainda estar jogando aquela bolinha, já estou passando do ponto para estas aventuras de rali, ainda mais quando a terra se encontra molhada. Tô fora!!!
    Não é aquele toma lá dá cá. Apenas mais um relato dentre dantos outros, que se ficar escrevendo, ficaremos dias e dias escrevendo.
    Eu já contei esta estória lá nas nossas mensagens entre Primos & Cagadas, mas vai lá. Agora ficará registrado no Blog "Parentes Queridos Parentes".
    Estava tendo no Clube Social de Paraisópolis um Suarê Dançante de final de semana. Estavam vários primos por lá, entre eles estavam o Guto, Wander, Élcio, Eu, enfim tinha uma montoeira de descendentes da família Brandão Almeida. Lá pelas tantas da noite, já estando todos devidamente calibrados de alegria, recebemos uma ligação de que tinham roubado o jeep da Fazenda Santo Expedito. Não deu outra, juntamos todos da família e foi uma correria que só vendo para nos organizarmos para irmos na captura do meliante. O Guto estava com a caminhonete da Tio Wolney, como era um dos mais velhos na corrida, quando cheguei no carro o mesmo já estava lotado. Falei que Eu não poderia ficar de fora da caçada, expremi um pouco na parte de trás e lá fui Eu também. Soubemos que o jeep tinha tomado a direção do vilarejo de Ribeirão Vermelho. Chegando lá, ficamos sabendo que o ladrão tomou a direção da estrada do hoje Clube de Campo de paraisópolis. Pegamos a direita e seguimos na caçada. Mais uns cinco minutos subindo, começamos a ver mais a frente o farol de um veículo. Comentamos, lá vai o nosso jeep, pisa fundo no acelerador, vai Guto, vai. Não demorou muito depois de muita businada para assustar o ladrão eis que os ou o ladrão. O jeep estava parado no meio da estrada, e cade os ladrões. Saimos todos os primos um em cada direção naquela escuridão que não enchegava nada. Eles deveriam ter tomado o rumo da descida, não sabíamos. Foi quando Eu Ví um vulto correndo pela estrada, e não deu outra. Dei uma voadora nele e o derrubei. Coloquei ele virado com a cara para baixo e o imobilizei. Pedi para colocarem a luz do carro para enchergar e qual não foi nossa surpresa quando vimos que o ladrão era nosso primo Wander. Sua roupa branquinha ficou que uma beleza. Como a chave do jeep ainda estava no contato, voltamos todos para a cidade.
    Depois de mais calmos e com os devidos pedidos de desculpas devidamente formulados, foi uma festa só. Acredito que os bandidos pararam foi por falta de combustível, não me lembro bem.

    Estórias como esta é que fazem a união (que não faz só açúcar)da Família Brandão Almeida.
    Muito obrigado por fazer parte dela.

    Obs.:Estou voltando para trás da moita.

    Beijos Mil para todos.
    Kleber.

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  8. Kleber,
    Estou preocupada com vc!!!
    o que vc faz tanto atrás da moita????

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  9. Fernanda,
    Ele deve estar acompanhando o nivel da água subindo, ou será que não?
    bjs

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  10. Pode sair ai de traz e vir para frente.
    Não foi eu que vc agarrou no lugar do ladrão e sim o Welson, o resto da estória esta toda certa.
    Vc se lembra do comentário do Tio Fernando Penchel dentro do clube antes da saida para a captura?

    bjão e pode ficar na frente da moita, pois a sua memória é uma das mais requisitadas,

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